Crónica Bruno Magalhães

Mais uma vez voltámos à ilha da Madeira, que tanto nos acarinha de todas as vezes que por lá passamos.
Preparámos o Rali Vinho Madeira com muita antecedência, pois é uma das provas mais importantes do calendário. Estivemos no arquipélago há pouco tempo, no Rali do Marítimo, prova que serviu de preparação para esta etapa do campeonato e isso foi importante. Este foi, sem dúvida, um rali muito emocionante, com diferentes factores que pesaram para nós. Foi muito exigente em termos físicos e psicológicos. O nível de concentração foi sempre máximo, o que resultou num ritmo forte e constante ao longo de todas as classificativas. A nossa equipa demonstrou, mais uma vez, o seu grande profissionalismo, entregando-nos, como sempre, uma máquina em perfeitas condições preparada para este grau de exigência.

Assim, fomos os melhores portugueses, o melhor Peugeot, estivemos sempre nos lugares da frente do rali e arrecadámos os pontos a que nos propusemos para o campeonato, por isso considero que os objectivos foram cumpridos e o saldo do Rali Vinho Madeira é uma grande satisfação. Contudo, levo um sabor amargo desta prova. Ficar a 3,5 segundos do Giandomenico Basso, uma margem tão pequena, sem conseguirmos, no último troço, ganhar o rali por tão pouco, é algo que deixa um sentimento difícil de gerir, pois temos noção de que era possível e que foi mesmo por pouco que não conseguimos alcançar o lugar cimeiro do pódio.

Gostava de deixar, ainda, um destaque para a organização da prova, que com profissionalismo e rigor nos presenteou com um rali fantástico e, claro, não posso deixar de salientar o carinho do público que «respira» ralis, dando uma motivação enorme aos pilotos.

Faltam três ralis e, no campeonato, tudo está ainda por decidir. Cada prova será uma final para nós. Os nossos objectivos mantêm-se, não pode haver erros, não pode haver azares, pois uma falha poderá deitar tudo a perder.

Abraço,

Bruno Magalhães